terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Saiu no Estadão: Ministério Público quer barrar bulevar na Vila Madalena

Promotor diz que CET atende 'interesses de grupos pequenos'; ele exige estudo de impacto no trânsito

Rodrigo Brancateli - O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - O Ministério Público de São Paulo promete iniciar uma enxurrada de ações contra a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), na tentativa de reverter decisões recentes e provar que o órgão é "elitista" e "age conforme interesses de grupos pequenos", segundo palavras do promotor José Carlos de Freitas. A primeira medida pretende barrar na Justiça a construção de um bulevar boêmio na Vila Madalena, zona oeste, cuja obra de R$ 3 milhões deve começar já no próximo mês.

O projeto prevê a reforma de ruas, o alargamento de calçadas e a mudança no fluxo do trânsito em duas vias movimentadas do bairro, a Aspicuelta e a Wisard, no trecho compreendido entre as ruas Mourato Coelho e Harmonia. A partir de janeiro, as mudanças já começarão a valer - a Aspicuelta só descerá, no sentido Simão Alvares, e a Wisard subirá no sentido Harmonia.

Segundo a promotoria, no entanto, não houve qualquer estudo de impacto no trânsito por parte da CET, muito menos algum tipo de consulta aos moradores da região. A obra, ainda de acordo com Freitas, promotor de Habitação e Urbanismo, só vai atender os interesses dos bares e de uma cervejaria que está bancando 80% do projeto do bulevar.

No dia 1º de dezembro, Freitas enviou um ofício ao presidente da CET e secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, pedindo a "especial fineza de informar qual o impacto que esse programa de requalificação urbana" na região. Caso nenhum estudo seja apresentado prontamente, o promotor promete entrar com uma ação para barrar todo o projeto.

"Havendo informações sobre a instalação de semáforos nas esquinas das Ruas Fidalga e Purpurina e no cruzamento das Ruas Madalena e João Moura, provavelmente já em função da implantação do programa apregoado, esta Promotoria de Justiça recomenda a suspensão de qualquer intervenção por parte dos órgãos que compõem essa secretaria, porquanto não se conhece (nem a população do seu entorno) as conseqüências que esse programa vai ocasionar na região", escreve ele no documento, que ainda não obteve resposta de Moraes.

Com a proximidade das obras, muitos moradores também estão preocupados. "Eu adoraria ter calçadões, mas e o trânsito? Isso vai atrapalhar todo mundo, até mesmo os bares, que vão ter que agüentar as reclamações dos moradores do entorno que não conseguem dormir com tanto barulho de buzinas", diz o diretor da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Percival Maricato.

"Os bairros periféricos serão muito afetados por essas mudanças, isso é óbvio, vai criar um trânsito absurdo com a mudança das mãos das ruas e de linhas de ônibus. Mesmo sendo de uma entidade que representa os interesses de bares, sei que o interesse comercial não pode se sobrepor à qualidade de vida dos paulistanos."

Mudanças sem análise

Procurada pela reportagem, a Assessoria de Imprensa da CET se limitou a dizer que "se manifestará, por escrito, se e quando for notificada pelo Ministério Público". A Subprefeitura de Pinheiros não respondeu se houve estudos de impacto no trânsito e afirmou apenas que "desconhece essa possível ação do Ministério Público relacionada às obras de Requalificação Urbana na Vila Madalena".

Além de barrar a construção do bulevar, o MPE também entrará com ação para questionar diversas aprovações da CET e mudanças de direção em ruas de áreas nobres da cidade - novamente sem planejamento e motivado por interesse de poucos moradores. Entre os casos estão as mudanças de mão em 11 bairros: Lapa, Alto da Boa Vista, Jardim Marajoara, Alto de Pinheiros, Balneário São Francisco, Jardim Morumbi, Vila Alexandria, Jardim Aeroporto, Brooklin Velho, Jardim América e Jardim Luzitânia.

Essas alterações fazem parte do programa chamado de "comunidade protegida" - versão do "traffic calming", prática adotada por alguns países europeus e que abrange um conjunto de medidas para deixar o trânsito menos agressivo nas áreas residenciais. Apesar da intenção ser considerada positiva pelo promotor Freitas, ele afirma que as intervenções feitas até o momento não tiveram um estudo apropriado para saber o impacto no fluxo de carros nos bairros. Além disso, nenhum projeto de melhoria da infra-estrutura viária de bairros periféricos foi aprovada pela CET.

"Os moradores vão lá, pedem a mudança na direção da rua, dizem que vão pagar o orçamento das supostas melhorias e a CET aprova sem saber o que aquilo vai realmente causar ao trânsito do entorno", afirma o promotor. "A falta de verbas de um órgão público não pode virar desculpa para aprovar qualquer besteira. São Paulo sofre com essa falta de visão, nunca é feito um planejamento maior, nunca se olha no macro."

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Precisamos de uma faixa de pedestres!!!!!!!!


URGENTE!!!!!!!

por Dal Marcondes

Faz pouco tempo que a Quitanda ocupou o lugar do antigo Sacolão da Vila Madalena, e com grandes vantagens para os vizinhos e freqüentadores. Mas algumas coisas não mudaram, e a pior delas é a dificuldade em atravessar a rua em frente à Quitanda. É uma via de mão dupla, com tráfego pesado e não há nenhuma faixa de pedestre por perto.

O local, na rua Medeiros de Albuquerque, na Vila Madalena, está recebendo cada vez mais pessoas, e é muito perigoso atravessar, principalmente por conta do tráfego que vem da rua Aspicuelta, que desemboca na Medeiros e pega os pedestres de surpresa.

Precisamos do Poder Público no local URGENTE. É preciso implantar em frente à Quitanda uma faixa de pedestres e oferecer mais segurança aos freqüentadores da região. Afinal, são senhoras, crianças e pessoas que freqüentam o local e oferecem aos comerciantes da região uma boa dose de bons negócios.

Se você mora ou freqüenta a Vila Madalena, seja um leitor do Blog Vida Madalena, pela qualidade da Vila.

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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Tem doce que não engorda?


Hoje ouvi uma ótima, da Laura, dona da Doces de Laura, na rua Aspicuelta. "Tem gente que entra aqui e pergunta se tem alguma coisa que não engorda". Olho em volta e só vejo coisas que engordam até os olhos. "Eu já não tenho mais paciência, quer fazer regime, não entra numa doceria", responde indgnada.

Realmente lá não é lugar para fazer regime. Não dá para dizer o que é melhor, mas, sem dúvida, o pudim de claras é uma dos pontos altos. Vale a pena.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Quitanda, o novo “sacolão” da Vila Madalena

por Dal Marcondes

Dia destes fui almoçar com um amigo no charmoso restaurante aberto junto com o “Quitanda”, que está funcionando a poucas semanas onde era o “Sacolão da Vila Madalena”. Um lugar especial, com produtos diversificados e de excelente qualidade. Para mim, que sou vizinho, uma “mão na roda”. Mas voltando ao meu amigo, ele é jornalista e publicitário, seu nome é Rogério Ruschel e ele mora da Granja Viana, para onde fugiram alguns paulistanos em busca de qualidade de vida. Nossa avaliação é que um comércio como este traz bons pontos à qualidade de vida de seu entorno, por proporcionar um espaço muito nobre de convivência.


Conversa vai, conversa vem, me lembrei do período em que morei em Santos, próximo à avenida Ana Costa, onde haviam vários cinemas. Todas as quartas à noite ia com minhas duas filhas adolescentes ver algum filme. Um dia saiu uma notícia no jornal “A Tribuna” dizendo que os cinemas iam fechar. Nos dias seguintes era tema de conversas entre as pessoas na praia, na padaria, onde quer que fosse. O mote das conversas esta sempre o mesmo: “Quer absurdo fechar os cinemas da Ana Costa”.


Eu quase que invariavelmente perguntava: “Você freqüenta?”, “quando foi a última vez que você foi a um cinema da Ana Costa?”. As respostas eram vagas, algo como: “Ando sem tempo”. Bom, os cinemas fecharam por falta de público. Porque empresários precisam ter o retorno de seu capital e porque a sociedade precisa mostrar que valoriza algumas iniciativas para que elas se mantenham prestando serviços à própria sociedade. O local onde era o Cine Indaiá pode ser visto na foto acima.


Mas indo diretamente ao ponto: Não sei quem é o dono da Quitanda que se instalou na Vila Madalena. Mas sei que gostei do que ela me oferece como morador. Não é mais um barzinho barulhento. Pelo contrário, é um empreendimento de extremo bom gosto. Portanto, já estou freqüentando, ao contrário do antigo sacolão, cuja decadência e deterioração afastou o público.


Vale a pena conhecer!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Bohemia e Prefeitura fazem parceria para requalificação urbana da Vila Madalena


Projeto tem como principais objetivos resgatar a convivência social no espaço público, melhorar a paisagem urbana e oferecer acessibilidade a pedestres e pessoas com mobilidade reduzida. A entrega das obras está prevista para o fim do ano.

Fruto de uma parceria entre a marca de cerveja Bohemia e a Prefeitura de São Paulo, a Vila Madalena - conhecida pelo efervescente cenário cultural e agitada vida noturna - ganhará projeto de requalificação urbana nas duas principais vias do bairro: Aspicuelta e Wisard, no trecho compreendido entre as ruas Mourato Coelho e Harmonia.

Entre as principais melhorias que o projeto trará aos moradores, comerciantes e freqüentadores do bairro estão a valorização da circulação de pessoas, recuperação de aspectos históricos e culturais do bairro, implementação de projeto paisagístico, instalação de mobiliário urbano, ordenação do espaço público e do tráfego de veículos nas vias. Ao todo, serão plantadas 46 árvores e instalados 27 bancos, 25 lixeiras, 20 floreiras, 12 bicicletários, 20 totens informativos e 76 balizadores de calçada. O projeto de requalificação urbana foi desenvolvido pelo URB2 Arquitetos e o projeto de mobiliário urbano pela GTM, ambos sob a coordenação do Banco de Eventos. As propostas foram aprovadas em conjunto pela Bohemia e Prefeitura de São Paulo.

“Bohemia, a primeira cerveja do Brasil, é uma marca que valoriza a tradição e acreditamos no projeto por resgatar aspectos positivos de São Paulo, como a convivência urbana e a história de um dos bairros mais importantes da cidade. O objetivo de Bohemia ao fechar essa parceria é oferecer à cidade um espaço público que não só permita, mas também fomente a convivência. Vamos transformar as duas vias em locais agradáveis para encontrar os amigos, passear com a família, ler um livro e aproveitar as possibilidades culturais que a Vila Madalena tem a oferecer”, afirma Cristiano Schenardi, gerente de produto de Bohemia.

Segundo Gustavo Partezani, arquiteto responsável pelo projeto, as escolhas estéticas, como o ladrilho em cor marrom e palha, tem como objetivo resgatar a história e a identidade visual do bairro. “O ladrilho sempre foi uma marca característica da cidade de São Paulo, e em ruas de trânsito local ainda é conveniente a sua utilização. Até meados dos anos 60, os bairros operários da cidade, como é o caso da Vila Madalena, possuíam ruas de macadame (terra compactada) e paralelepípedos de granito. O material proporcionava às vias o mesmo aspecto que buscamos resgatar com este projeto, mas com produtos de mais qualidade e durabilidade”, explica Gustavo.

Acessibilidade e convivência urbana

Com o objetivo de criar acessibilidade aos pedestres e pessoas com mobilidade reduzida e, com isso, possibilitar o uso do espaço urbano como espaço de convivência social, o projeto tem como principal diretriz a expansão da área para pedestres. O alargamento das calçadas dez metros antes e depois das esquinas, a remoção de obstáculos, o nivelamento das tampas e poços de visitas das concessionárias de serviço público, o rebaixamento da guia no local de travessia de pedestres e a instalação de piso tátil para sinalização dos deficientes visuais estão entre as medidas que facilitarão a acessibilidade de todos os pedestres.

As calçadas oferecerão aos pedestres as três faixas que permitem melhor acessibilidades e circulação: acesso (entrada e saída dos estabelecimentos e residências), livre (espaço destinado a passagem dos pedestres) e serviço (espaço reservado para mobiliário urbano e plantio de árvores). Dez metros antes e depois das esquinas, as calçadas passam a ter 4,75 metros de largura, um aumento de 60%, formando em todas as esquinas do quadrante pequenas praças, que funcionarão como espaços de convivência.

Paisagismo e mobiliário urbano

Para deixar a paisagem mais harmônica e criar uma identidade visual para o bairro, as calçadas receberão pavimento de ladrilho hidráulico, que substituirá a imensa variedade existente no local atualmente. As peças do mobiliário urbano, desenhadas pelo arquiteto Daltro Mendonça, foram desenvolvidas especialmente para o projeto da Vila Madalena com o objetivo de resgatar a memória e a identidade do bairro.

“A Vila Madalena é um bairro repleto de ateliês, por isso, selecionamos um material muito utilizado por artistas, o aço corten. Esse material aliado a madeira confere ao mobiliário o tom acobreado. A intenção é dar ao bairro um ar antigo e, ao mesmo tempo, criar uma identidade visual. Vale ressaltar o aço corten é extremamente resistente e durável e que toda a madeira que utilizaremos será certificada”, diz Daltro.

O mobiliário urbano será padronizado de acordo com a lei Cidade Limpa e posicionado de maneira a não interferir no livre caminhar e na travessia dos pedestres. Haverá também a retificação das interferências e obstáculos, como canteiros de árvores e floreiras, que serão redimensionados, e tampas e visitas de concessionárias de serviço público. O objetivo é melhorar a condição paisagística e estabelecer uma melhor relação entre os pedestres, veículos e a paisagem urbana.

História e Cultura

Ao retomar a tradição de convívio no espaço público, o projeto também contempla o resgate da história e da cultura do bairro. A equipe envolvida no projeto fez uma ampla pesquisa sobre as origens da Vila Madalena e o conteúdo reunido ficará disponível em diversas peças instaladas ao longo das vias, como totens, ladrilhos e placas. Nesse contexto destacam-se dois marcos urbanos - esculturas que representam as filhas do fazendeiro proprietário das terras onde hoje está localizado o bairro: Ida, Isabel e Madalena. A história faz parte do imaginário dos moradores do bairro e, conforme relatos do Museu da Pessoa, permanece viva a partir da memória oral dos moradores do bairro.

Tráfego de veículos

Também faz parte do projeto a reorganização do tráfego de veículos com o intuito de desafogar o trânsito. As duas vias, que atualmente têm mão dupla, passarão a ter sentido único. A Aspicuelta passará a descer sentido Rua Simão Álvares e a Wisard subirá sentido Rua Harmonia.

sábado, 7 de junho de 2008

Para que serve um vereador?

Por Dal Marcondes

Desde muito cedo na minha vida ouço falar de vereadores. Meu avô, Sebastião Marcondes, era vereador em São Paulo no ano em que nasci, em meados do século passado. É dele a lei que criou o “plantão de farmácia” na cidade. Hoje, tão acostumados que estamos com serviços 24 horas que nem somos capazes de imaginar o que representou esta lei em um tempo em que tudo funcionava em “horário comercial”.

Depois minha mãe, Maria Bela, foi trabalhar na Câmara Municipal, onde ficou por mais de 30 anos atendendo aos cidadãos e eleitores. Com ela aprendi que o serviço público é uma função nobre e que o cidadão é sempre uma pessoa com direitos que devem ser exaltados e respeitados. Conheci diversos vereadores em minha vida Por conta desta proximidade com a Câmara Municipal de São Paulo, casa que freqüentei com assiduidade desde os tempos em que sua sede era em um belíssimo palacete na rua Líbero Badaró. Uma pena que tenha sido demolido nos anos 70, quando a cidade ainda não tinha apreço por seu patrimônio histórico.

Bom, mas para que mesmo serve um vereador?

As cidades precisam de leis que ordenem o uso de seu território. Uma das tarefas fundamentais dos vereadores é representar os interesses dos cidadãos no ordenamento econômico, social e jurídico das cidades. Nas capitais e cidades muito grandes do Brasil os vereadores acabam ficando muito distantes de seus eleitores, mas nas cidades pequenas a relação entre munícipes e vereadores é muito próxima.

Sob o ponto de vista do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável uma das tarefas mais importantes da Câmara Municipal é a elaboração junto com a prefeitura e a aprovação do Plano Diretor. Este plano define o que pode ser construído, onde e para que utilização. É o mapa da ocupação presente e futura das cidades. Desta forma o crescimento da cidade segue um ordenamento que define o que seus cidadãos querem de sua cidade.

Mas existem também leis e diretrizes relacionadas a transporte e saúde pública, além de normas ambientais que são aprovadas pelo parlamento municipal. E, ambientalmente, a Câmara têm muitas responsabilidades. Um vereador bem preparado pode ser a diferença entre uma cidade com qualidade de vida ou uma cidade onde os impostos apenas servem a interesses privados.

É muito comum ouvir dos eleitores que políticas ambientais não são feitas na Câmara Municipal, que existem secretarias municipais, de Estado e até Ministério para o Meio Ambiente. Mas acontece que a cidade é onde as pessoas vivem e o ambiente preservado e com critérios de uso e ocupação é uma das condições básicas para a qualidade de vida social e ambiental dos cidadãos. Outro fator importante em relação às cidades e aos vereadores é que a educação fundamental é, na maioria das cidades brasileiras, obrigação da municipalidade. Portanto, a formação de cidadãos ambientalmente informados e socialmente responsáveis passa pela Câmara Municipal.

Outra confusão muito comum é a crença de que apenas os políticos vinculados ao Partido Verde têm preocupações ambientais. Estes realmente têm bandeiras ambientais muito claras em seu programa, mas políticos de todas as legendas devem ter preocupações ambientais e políticas muito claraspara as questões relacionadas ao meio ambiente.

Este ano o Brasil fará realizar eleições para prefeitos e vereadores. Em relação aos prefeitos, que tem muito mais exposição ao público e impacto maior de suas idéias sobre a cidade, vamos tratar em outro artigo. Neste quero apenas alertar que na horas de escolher um político em quem votar para vereador, entre as qualidades que um bom político deve ter, honestidades e competência para exercer o mandato, vamos perguntar a ele quais são suas idéias em relação ao meio ambiente e aos temas urbanos de maior impacto ambiental. O que ele pensa das emissões de gases de efeito estufa, de modelo de transporte, de políticas de uso do solo, de preservação de áreas de mananciais (que garantem o abastecimento de água para toda a sociedade), de poluição visual e do ar, entre outras questões de relevância para a educação e saúde pública.

Nossas cidades estão no limite de sua ocupação desordenada. É preciso uma nova geração de políticos que pensem de forma integrada a ação do poder público e da iniciativa privada para a construção de espaços públicos de qualidade para os cidadãos.

Vamos começar a busca em nossas cidades por candidatos que pensem políticas públicas e não apenas de apequenem em questões menores da política partidária. Nossas cidades dependem disso. Vamos dar um presente às gerações futuras. (Envolverde)

terça-feira, 22 de abril de 2008

Porque São Paulo não tem linhas circulares?

A estação Vila Madalena do Metrô fica nas bordas do bairro. Longe o suficiente para que muitos não tenham vontade de enfrentar as ladeiras da Vila para chegar o Metrô, mas perto o suficiente para ser interligada ao bairro inteiro através de uma linha circular.

A Vila Madalena teria muito a ganhar se um microônibus saísse da estação e desse uma volta pelo bairro, voltando à estação. Um coletivo que distribuísse os passageiros pela Vila ao mesmo tempo em que pega novos passageiros para o Metrô. Não apenas os moradores ficariam gratos, mas muitos dos freqüentadores dos bares, restaurantes e comércio da região Poderiam deixar seus carros em casa, ou em estações do Metrô em outras áreas da cidade.

Alguns anos atrás passei umas semanas no vilarejo de Cascais, perto de Lisboa, em Portugal. É quase como se fosse um bairro da capital, e servido pelo Comboio (trem) que vem de Lisboa. Ao chegar na estação o usuário pega um microônibus que circula por todo o lugarejo, mais ou menos do tamanho da Vila Madalena, e retorna à estação. Parte da estação com passageiros que chegaram no trem. Retorna para a estação com passageiros para o trem. Muito eficiente.

Porque não temos isso em São Paulo? Se conseguiria ampliar muito o alcance do Metrô com redução importante no uso de carros.

Isto daria mais qualidade de vida aos paulistanos. Candidatos a vereador e a prefeito, olha uma idéia no ar. Pela qualidade da Vila.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Banda Jazzco no Magnólia Bar

Quarta-feira 09 de abril às 22hs, haverá uma apresentação no Magnólia Villa Bar com composições e arranjos próprios, que os próprios músicos da Banda Jazzco denominam como “Jazz Brasileiro”.

Uma música instrumental com o suingue brasileiro.


Magnólia Villa Bar - São Paulo

Rua Marco Aurélio 884 – Vila Romana/Lapa

Próximo a Av Heitor Penteado/R. Aurélia(1° farol)

Couvert R$14,00(com reserva R$12,00)

Fone: 3463-4994 ou 3863-9296

www.magnoliabar.com.br

domingo, 9 de março de 2008

domingo, 2 de março de 2008

O melancólico fim do Sacolão da Vila Madalena

Pouco mais de dez anos de sua inauguração, ainda como "Hortifruti Pinheiros", o Sacolão da Vila Madalena chega a um triste fim. Neste domingo, já definhando, dava para ver as pessoas retirando coisas e flores.

O Sacolão da Vila já foi cenário de novela, inaugurou o sushi na região e foi palco de muita balada. Mas. aos poucos, foi sendo esquecido. A Vila é dinâmica, abrem novos points todos os dias e o Sacolão ficou sempre o mesmo, com cara de abandonado e sem um esforço de charme.

Uma pena. É um ícone que se vai. O ponto parece já ter sido comprado por um outro administrador de sacolão, que já tem um na Moutato Coelho. Vamos ficar na torcida de que o lugar volte a ser um dos bons botecos da Vila, de quebra, com muita variedade de frutas e verduras.

sábado, 1 de março de 2008

O lugar mais cool da cidade!!!

Frequentar a Vila Madalena é o passeio do paulistano. É como a Rambla de Barcelona, o Soho em Londres, o Quartier Latin em Paris e por ai vai. Toda metrópole contemporânea tem seu bairro cool. Nas noites quentes e Nos finais de semana milhares de pessoas vão para as ruas da Vila. Lotam bares, estacionamentos e enchem o ar com risos, luzes e vida. Para quem gosta de gente certamente não há lugar melhor, com seus bares, livrarias, teatros, cinemas e restaurantes. Com seus moradores extravagantes e suas ruas com nomes exóticos. "Me encontra na esquina da Harmonia com a Simpatia".

O problema é o dia seguinte, quando os moradores acordam e o pessoal das lojas chega. As ruas da Vila estão cheias de lixo. De garrafas jogadas e embalagens vazias. Os canteiros tem estranhos objetos disformes e coloridos brigando com o odor das flores. Subidas e decidas de cacos de vidro e cacas diversas.

Para os empresários da Vila é bom que ela seja cool. Mas isso pode acabar. Sujeira, barulho e desordem no trânsito pode afastar os clientes mais refinados e deixar a vila para os bandos que só vêm beber cerveja na rua e comer cachorro quente. Nada contar eles, mas a Vila não pode ser só isso.

Uma lição em qualquer lugar do mundo











A cidade japonesa e Aichi recebe milhares de estrangeiros, muitos vindos do Brasil. Por isso lembram nossos compatriotas, em bom português, como se comportar
no trânsito.

Não custa nada lembrar também os brasileiros que ficaram:

Você conhece as regras de trânsito japonesas?

Regras básicas de trânsito


O número de acidentes de trânsito nesta província é grande e casos envolvendo estrangeiros, como autores ou vítimas, têm aume

ntado. Para evitar acidentes siga as regras básicas abaixo:

  • O pedestre deve transitar no lado direito, enquanto que o carro e a bicicleta no lado esquerdo.
  • Entre o carro e o pedestre, tem a preferência o pedestre.
  • Obedeça aos semáforos e às placas de trânsito.
  • Obedeça às ordens dos policiais.

Regras básicas para pedestres


  • Na existência de calçada, ande sempre através dela.
  • Onde não há calçada, ande pelo lado direito da rua.
  • Ao atravessar uma rua, em sendo um cruzamento com semáforo, obedeça ao semáforo (semáforo para pedestres). Não existindo o semáforo, utilize a faixa de pedestre.
  • Ao atravessar uma rua, antes olhe bem para os lados direito e esquerdo, verifique se não há carros se aproximando, ou se os mesmos estão parados.
  • À noite, instale materiais refletores no vestuário ou use roupas de cores claras.


· Regras básicas para bicicletas

  • As bicicletas deverão trafegar pelo lado esquerdo da rua, formando uma única fila.
  • Poderá a bicicleta trafegar nas calçadas onde existem placas permitindo a sua passagem.
  • Evite andar de bicicleta em 2 pessoas, com o guarda-chuva aberto, dirigir com uma mão para segurar objetos com a outra.
  • Nas cancelas de trens, ou nas paradas obrigatórias, antes de atravessar, pare e confirme a segurança nos lados direito e esquerdo.
  • Num cruzamento com semáforo, transite obedecendo ao semáforo.
  • Em Aichi, tem acontecido muitos acidentes de trânsito envolvendo estrangeiros que dirigem bicicletas. Tome muito cuidado ao dirigir uma bicicleta para não acontecer acidentes.

Regras básicas para o carro

  • É terminantemente proibido dirigir sem a carteira de motorista ou alcoolizado.
  • Obedeça às regras de trânsito, aos semáforos, às placas, aos sinais.
  • Para andar de carro, o motorista e os passageiros deverão usar o cinto de segurança. De motocicleta, use o capacete.
  • Crianças menores de 6 anos deverão usar a “cadeira para crianças” (child seat).
  • Nos locais onde placas ou sinais determinam as velocidades máximas, não é permitido ultrapassá-las.
  • No início da noite, procure acender logo as luzes do carro.
  • Evite o uso de telefone celular quando o carro estiver em movimento.
  • Tem acontecido muitos acidentes de trânsito envolvendo idosos. Ao avistar um idoso, dirija sendo gentil com ele.




domingo, 17 de fevereiro de 2008

Uma esquina, cinco minutos, 17 infrações de trânsito!

Dal Marcondes

Em um sábado de dezembro, ensolarado, a feira livre da Vila Madalena, com suas coloridas barracas de frutas e legumes atrai muita gente bonita. Gente de todas as idades que vai à feira em busca de boa comida ou simplesmente para passear, comer um pastel ou tomar um caldo de cana.

Depois de duas horas puxando o carrinho de feira, já repleto de mangas, cenouras, ovos e tudo o que um gourmet amador precisa para deliciar-se e aos amigos, eu e minha mulher, Ana Maria, resolvemos sentar em uma mesinha de calçada na esquina da Aspicuelta com Fradique. Pedir uma cerveja e curtir o sol, a paisagem e a companhia.

Em poucos minutos constatamos uma situação que certamente mostra como andam lado a lado o melhor e o pior das pessoas. E o que distancia muito os paulistanos dos cidadãos de cidades sobre as quais adoramos falar e elogiar. Em apenas cinco minutos pudemos constatar 17 infrações de trânsito em apenas uma esquina. Foram coisas como:

  • Estacionar sobre faixa de pedestre
  • Parar sobre a faixa quando o sinal fecha
  • Parar em fila dupla
  • Ultrapassar sinal vermelho
  • Estacionar em lugar proibido
  • Estacionar sobre a calçada
  • Fazer conversão proibida
  • Passar em velocidade incompatível com o locar

Em quase todos os carros (novos e vistosos) havia pessoas bonitas e bem nascidas. Gente que fora dos carros se parece muito com um cidadão de bem. Mas comportam-se no trânsito como vândalos certos da impunidade.

O pior é que as pessoas que caminham em volta não se dão conta de que estão tendo sua segurança sendo terrivelmente ameaçadas por pessoas que não merecem ter da sociedade a concessão do direito de utilizar um veículo.

A Vila será melhor se as regras básicas de trânsito e cidadania forem respeitadas.

*Dal Marcondes é jornalista, editor do Portal Envolverde, freqüenta a Vila desde os anos 70 e mora na Vila desde 1991.

Na Vila, população com acesso a serviços essenciais é igual a da Suiça

Heitor Augusto, da Folha on Line

Quando se trata de acesso a serviços essenciais, morar na Vila Madalena se assemelha a viver na Suíça: todos os domicílios do bairro têm água encanada, serviço de coleta de lixo e energia elétrica.

A média de domicílios com água encanada na cidade de São Paulo é 98,59%. Porém, há regiões que estão longe do ideal. Na Vila Iara (zona norte), a porcentagem é de 81,47. No Parque Cocaia, 88,05%. Outro fator preocupante é que os bairros com os índices mais baixos de acesso a serviços essenciais pioraram em relação a 1991. Há nove anos, 82,33% dos domicílios no bairro de Anhanguera tinham serviço de coleta de lixo. Hoje, o número caiu para 52,12%.

Uma das explicações para a insuficiente baixa infra-estrutura é o crescimento de moradias irregulares. O crescimento populacional não foi acompanhado de reforço em água, luz e saneamento.



Renda na Vila cresceu 70%

A renda per capita dos moradores da Vila Madalena cresceu 70%. Apenas 31 das 454 microrregiões de São Paulo tinham renda per capita em 1991 acima de R$ 1.000 e ultrapassaram a marca de R$ 2.000 no ano 2000.

O crescimento da renda per capita não esteve acompanhado a uma sensível distribuição de renda. Metade da renda gerada pelos moradores da Vila é apropriada pelos 20% mais ricos do bairro.

Assim como em toda a cidade de São Paulo, as mulheres ganham menos que os homens. Na Vila, a diferença é de 59% (há nove anos, os homens ganhavam o dobro que as trabalhadoras).